A Loja Simbólica Maçônica Castorino Augusto Rodrigues nº 9.
Fundada oficialmente em 5 de julho de 1997, é um reconhecimento ao trabalho em vida e uma justa e merecida homenagem ao nosso saudoso Irmão Castorino Augusto Rodrigues, homem de sete instrumentos, um dos fundadores da Sereníssima Grande Loja Unida do Paraná, GLUP, seu Grão-Mestre Honorário, fundador e Soberano Grande Comendador do nosso Supremo Conselho Francisco de Montezuma.
A Castorino, como fraternalmente a chamamos, teve como embrião a Loja de Férias – ou Loja Temporária – Três Reis Magos, que funcionava durante algumas semanas do verão, quando as demais estavam em recesso. Esta Loja especial atendia a necessidade de alguns irmãos estudantes, que não podiam participar das sessões regulares nas noites de segundas a sextas-feiras, mas não queriam adormecer (maçonicamente). Nesta Loja os encontros eram realizados em sábados alternados, à tarde, entre as 15 e as 17 horas. A solução foi criada através de acerto entre o nosso Sereníssimo Grão-Mestre Perpétuo Irmão Jefferson e o então Mestre Maçom da Loja Luz do Oriente Irmão Ervin.
Assim, seu primeiro Venerável Mestre foi o Irmão Ervin Hanke Júnior. Entre os seus obreiros estavam os irmãos Malhadas, Amoreti, Luiz Alexandre e outros aprendizes da Loja Luz do Oriente - entre eles o valoroso Irmão Oswaldo.
Mais tarde, em nova fase, com sessões semanais nas segundas-feiras, foi presidida pelo Venerável Mestre Irmão Joel, e, na continuidade, pelo então Grão Mestre Adjunto Irmão Jocelino, depois pelo Irmão Sérgio Daunis, na sequência pelo Irmão Brito, pelo Irmão Flávio Carniatto e atualmente pelo Irmão Walter.
Como em qualquer empreendimento, onde há pessoas, a loja teve os seus altos e baixos. Mas a garra e a determinação de poucos e o apoio de muitos fizeram com que ela nunca deitasse efetivamente as suas colunas. Se depender dos seus verdadeiros obreiros e irmãos, balançar sim, tombar jamais. Por isso, é justo e perfeito que haja uma festa, onde, com alegria lembraremos a vida do nosso patrono, que há poucos dias completou 100 anos de nascimento.
Num fenômeno físico ou num empreendimento humano, alternam-se momentos de glória com outros de marasmo e até desânimo, um início, um auge, uma estabilidade, decadência e fim. Em alguns, há ciclos em que se repetem, como os momentos de ápice, decesso e aparente fim, quando renasce e começa tudo de novo, num processo sem fim, como deve ser a própria vida. A Castorino não seria uma exceção. Alguns idealistas a ergueram, outros a expandiram, outros a mantiveram, outros quase a mataram, outros a ressuscitaram, outros a consolidaram.
Como ocorre em toda a Maçonaria, ela quase deitou as suas colunas, em mais de uma ocasião. Na mais recente, houve num êxodo de obreiros da Castorino e os outros da GLUP para outra Obediência, onde criaram uma nova Loja, no GOP, a Cavaleiros da Arte Real. Mas o pequeno grupo de remanescentes, com o apoio de outros irmãos da Ordem, não permitiu que isto acontecesse. A demonstração do fato se concretiza hoje, quando tornamos a homenagear o nosso patrono. Conseguimos despertar no grupo a necessidade de nos conhecermos melhor e nos organizarmos, de modo a preservar um pouco da sua história, que é por extensão a nossa, é marca da nossa atuação e passagem pela Maçonaria.
Crescer, preservar a história e manter a filosofia mestra que motiva a sua existência é uma tarefa árdua e sem fim. Lembra o esforço necessário para galgar a Escada de Jacó, onde cada passo, cada degrau superado é uma pequena vitória, pessoal e do grupo. Os bons e os maus episódios, passam a ser integrantes do folclore da Loja, assuntos para as Lojas 2.
Continuaremos fiéis aos nossos princípios basilares: livres e de bons costumes. Todos estão entre nós porque querem, e saem quando desejarem. Respeitaremos e cumpriremos os nossos juramentos, honraremos e praticaremos a liberdade, a igualdade, a fraternidade, e de forma efetiva, a tolerância.